A essência refletida

15/09/2021

Bom, acho que esta é a coluna com um nome incerto sobre o que se trata, então vamos lá: trata-se de uma coluna sobre gostos e divergências. Calma. A linguagem aqui vai ser mais informal, vamos discutir sobre gostos mesmo, o que cada um prefere e como essas preferências se distinguem e tá tudo bem. Vai rolar fofoca? Eu sei que essas aí são famosas, mas pode atrapalhar a vida do povo que tá sendo alvo da fofoca, por isso, nesta coluna não teremos nomes! Nem o nome do colunista e os mencionados terão os nomes mudados por segurança, a não ser que a pessoa autorize ser mostrada, é claro. E atenção: Mesmo as pessoas mencionadas com o nome mudado sabem que estão sendo mencionadas e sempre será assim!

E como vamos abordar os assuntos discutidos? Eu pedi para um grupo de amigas gravar e transcrever uma conversa corriqueira. A intenção aqui é abrir discussões bobas, para aliviar a seriedade e, principalmente, darmos valor a quem temos ao nosso lado, aquela pessoa que depois de um dia desgastante te faz sorrir em 3 segundos por uma besteira.

Nessa edição, queria falar sobre o que as pessoas aproveitaram a pandemia para mudar, cortar ou deixar crescer, pintar e fizeram transição no cabelo, aproveitaram para ler mais já que a única opção era ficar em casa, ou maratonar vários filmes e séries, mas alguns optaram por uma mudança mais... permanente?

Guilderana: Vocês ficaram sabendo que o Omar (amigo da escola mesmo) fez uma tatuagem?

Cacildana e Filomena: Ele fez uma tatuagem???

Filomena: do Bolsonaro?

Jurema: Não, mas quase, é parecido.

Cacildana: Onde?

Guilderana: Aqui ó (aponta para a barriga).

Cacildana: Vou querer ver!

Jurema: Adivinha o que é.

Cacildana e Filomena: O quê?

Jurema: Uma caveira bebendo café.

Guilderana: E ele nem gosta de café!

Mas ele não quer que divulgue o nome dele (no jornal) por causa de alguns parentes... mas a mãe dele deixou, cara! Foi junto com ele!

Jurema: E o que que tem?

Guiderana: Minha mãe surtaria!

Jurema: Meu irmão é da nossa idade e tem, meus pais perguntaram se eu queria, mas pensei tanto no que ia fazer que nem fiz.

Guilderana: A Jurema! Com 15! Anos!

Cacildana: Pra furar minha orelha minha mãe quase surtou.

Filomena: Minha mãe fala que só quando eu for dona do meu nariz. É uma questão de valores que assim, foi passado para os mais velhos, então é difícil a cabeça deles mudar. Você pode passar para o seu filho, sua filha, um dia, mas você não consegue exigir essa mudança.

Guilderana: Minha avó e minha tia são extremamente homofóbicas, mas eu nem tento mais discutir, porque sei que não vai mudar.

Cacildana: A família do meu pai é racista.

Guilderana: Mas você é negra.

Cacildana: Então! Quando eu era pequena, nas reuniões de família, minha avó chegava assim pra minha mãe: "Não tá na hora de alisar o cabelo dela, não?"

Jurema: Oloco

Cacildana: Minha mãe se abriu muito, ela não usava calça, a gente cresceu na Assembleia, os costumes lá são mais rígidos, ela provar uma calça era raridade.

Guilderana: Por que (algumas igrejas) têm o costume de usar saia mesmo?

Cacildana: É mais "feminino", sabe?

Guilderana: É porque uma vez eu ouvi falar que só usavam saia, porque Jesus usava saia.

Aqui Jurema começa a literalmente chorar de rir, descontroladamente.

Guilderana: Não é isso?

Cacildana: Não, é só questão de feminilidade.

E falamos sobre coisas que algumas igrejas proíbem.

Guilderana: Mas é muito complicado esse negócio de proibir, porque qualquer coisa que você proíba, vão acabar fazendo escondido.

Filomena: Tipo a questão da música, essas coisas...

Guilderana: Você ouve funk evangélico?

Cacildana: Eu ouço de tudo, a questão é sobre o que a música fala, não o ritmo, não precisa ser só gospel, só Damares, só Aline Barros.

Guilderana: Damares!

Cacildana: Eu nem escuto Damares.

Guilderana: Ela canta? Não sabia que ela cantava! (Jurema olhando confusa) Ela tá falando da ministra da Mulher, Jurema.

Cacildana: NÃO. Não é essa.

E Guilderana prova que é possível fazer Jurema chorar de rir duas vezes seguidas.

Nosso quarteto fugiu um pouco do objetivo que era falar sobre mudanças que aconteceram na pandemia, mas pela conversa a gente consegue ver que são pessoas diferentes! Exatamente o que essa coluna sugere, cada uma dentro de uma realidade, um padrão de comportamento e essa é a intenção.

Nós com certeza não somos os mesmos de 1,5 ano atrás, aprendemos um novo método de estudo, o EAD, e alguns aproveitaram para mudar também por fora, afinal é nossa identidade, somos nós refletindo de dentro para fora nossa essência, e a única pessoa que você deve agradar quando se trata disso, é você mesmo.

E alguns de vocês devem estar curiosos para ver a caveira tomando café do nosso querido Omar, pois então, temos foto!

A caveira tomando café; por Omar
A caveira tomando café; por Omar

O nosso querido Ricci, do 2° AUTO, deixou o cabelo crescer enquanto teve que ficar em casa. Eaí? Evolução ou regresso?

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