A essência refletida
Bom, acho que esta é a coluna com um nome incerto sobre o que se trata, então vamos lá: trata-se de uma coluna sobre gostos e divergências. Calma. A linguagem aqui vai ser mais informal, vamos discutir sobre gostos mesmo, o que cada um prefere e como essas preferências se distinguem e tá tudo bem. Vai rolar fofoca? Eu sei que essas aí são famosas, mas pode atrapalhar a vida do povo que tá sendo alvo da fofoca, por isso, nesta coluna não teremos nomes! Nem o nome do colunista e os mencionados terão os nomes mudados por segurança, a não ser que a pessoa autorize ser mostrada, é claro. E atenção: Mesmo as pessoas mencionadas com o nome mudado sabem que estão sendo mencionadas e sempre será assim!
E como vamos abordar os assuntos discutidos? Eu pedi para um grupo de amigas gravar e transcrever uma conversa corriqueira. A intenção aqui é abrir discussões bobas, para aliviar a seriedade e, principalmente, darmos valor a quem temos ao nosso lado, aquela pessoa que depois de um dia desgastante te faz sorrir em 3 segundos por uma besteira.
Nessa edição, queria falar sobre o que as pessoas aproveitaram a pandemia para mudar, cortar ou deixar crescer, pintar e fizeram transição no cabelo, aproveitaram para ler mais já que a única opção era ficar em casa, ou maratonar vários filmes e séries, mas alguns optaram por uma mudança mais... permanente?
Guilderana: Vocês ficaram sabendo que o Omar (amigo da escola mesmo) fez uma tatuagem?
Cacildana e Filomena: Ele fez uma tatuagem???
Filomena: do Bolsonaro?
Jurema: Não, mas quase, é parecido.
Cacildana: Onde?
Guilderana: Aqui ó (aponta para a barriga).
Cacildana: Vou querer ver!
Jurema: Adivinha o que é.
Cacildana e Filomena: O quê?
Jurema: Uma caveira bebendo café.
Guilderana: E ele nem gosta de café!
Mas ele não quer que divulgue o nome dele (no jornal) por causa de alguns parentes... mas a mãe dele deixou, cara! Foi junto com ele!
Jurema: E o que que tem?
Guiderana: Minha mãe surtaria!
Jurema: Meu irmão é da nossa idade e tem, meus pais perguntaram se eu queria, mas pensei tanto no que ia fazer que nem fiz.
Guilderana: A Jurema! Com 15! Anos!
Cacildana: Pra furar minha orelha minha mãe quase surtou.
Filomena: Minha mãe fala que só quando eu for dona do meu nariz. É uma questão de valores que assim, foi passado para os mais velhos, então é difícil a cabeça deles mudar. Você pode passar para o seu filho, sua filha, um dia, mas você não consegue exigir essa mudança.
Guilderana: Minha avó e minha tia são extremamente homofóbicas, mas eu nem tento mais discutir, porque sei que não vai mudar.
Cacildana: A família do meu pai é racista.
Guilderana: Mas você é negra.
Cacildana: Então! Quando eu era pequena, nas reuniões de família, minha avó chegava assim pra minha mãe: "Não tá na hora de alisar o cabelo dela, não?"
Jurema: Oloco
Cacildana: Minha mãe se abriu muito, ela não usava calça, a gente cresceu na Assembleia, os costumes lá são mais rígidos, ela provar uma calça era raridade.
Guilderana: Por que (algumas igrejas) têm o costume de usar saia mesmo?
Cacildana: É mais "feminino", sabe?
Guilderana: É porque uma vez eu ouvi falar que só usavam saia, porque Jesus usava saia.
Aqui Jurema começa a literalmente chorar de rir, descontroladamente.
Guilderana: Não é isso?
Cacildana: Não, é só questão de feminilidade.
E falamos sobre coisas que algumas igrejas proíbem.
Guilderana: Mas é muito complicado esse negócio de proibir, porque qualquer coisa que você proíba, vão acabar fazendo escondido.
Filomena: Tipo a questão da música, essas coisas...
Guilderana: Você ouve funk evangélico?
Cacildana: Eu ouço de tudo, a questão é sobre o que a música fala, não o ritmo, não precisa ser só gospel, só Damares, só Aline Barros.
Guilderana: Damares!
Cacildana: Eu nem escuto Damares.
Guilderana: Ela canta? Não sabia que ela cantava! (Jurema olhando confusa) Ela tá falando da ministra da Mulher, Jurema.
Cacildana: NÃO. Não é essa.
E Guilderana prova que é possível fazer Jurema chorar de rir duas vezes seguidas.
Nosso quarteto fugiu um pouco do objetivo que era falar sobre mudanças que aconteceram na pandemia, mas pela conversa a gente consegue ver que são pessoas diferentes! Exatamente o que essa coluna sugere, cada uma dentro de uma realidade, um padrão de comportamento e essa é a intenção.
Nós com certeza não somos os mesmos de 1,5 ano atrás, aprendemos um novo método de estudo, o EAD, e alguns aproveitaram para mudar também por fora, afinal é nossa identidade, somos nós refletindo de dentro para fora nossa essência, e a única pessoa que você deve agradar quando se trata disso, é você mesmo.
E alguns de vocês devem estar curiosos para ver a caveira tomando café do nosso querido Omar, pois então, temos foto!


O nosso querido Ricci, do 2° AUTO, deixou o cabelo crescer enquanto teve que ficar em casa. Eaí? Evolução ou regresso?